quarta-feira, 4 de março de 2009

Orfeu da Conceição - 1956

Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes

Orquestra Odeon
Arranjos e Regência: Antonio Carlos Jobim
Violão: Luiz Bonfá
Voz: Roberto Paiva
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Faixas
1 - Overture (06:45)
2 - Monólogo de Orfeu (02:52)
3 - Um nome de mulher (02:05)
4 - Se todos fossem iguais a você (03:31)
5 - Mulher, sempre mulher (01:56)
6 - Eu e o meu amor (01:41)
7 - Lamento no morro (02:06)

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Caminhos do trilheiro
Tárik de Souza, Jornal do Brasil, Caderno B, sábado, 7 jul. 2001 Muito antes de impor-se a contingência comercial, Vinicius já havia descoberto a importância e riqueza de recursos poéticos da trilha musical. Iniciando a lendária parceria com Tom Jobim num encontro no bar Vilarino, no Centro do Rio, eles escreveram os temas condensados em sete faixas de um antigo LP de 10 polegadas (…) de sua peça (filmada duas vezes), Orfeu da Conceição. Depois de uma abertura orquestral erudita arranjada por Jobim, Luis Bonfá (que comporia o clássico tema do filme, "Manhã de carnaval") dedilha na Overture a Valsa de Eurídice, seguida pela recriação instrumental do samba "Lamento no morro". Na seqüência, Vinicius declama e teatraliza (com uma flauta pastoral ao fundo) o "Monólogo de Orfeu".

Embora correto, o cantor Roberto Paiva, um herdeiro do canto empostado, não seria um intérprete adequado para dois dos artífices da bossa nova, além do violão modernista de Bonfá. Ocorre que a trilha ainda está presa ao formato antigo de sambas como em "Um nome de mulher", "Mulher sempre mulher", "Eu e o meu amor" e "Lamento no morro". Nem mesmo o samba-canção valseado "Se todos fossem iguais a você", que depois seria incorporado ao repertório do movimento, foge ao padrão clássico da elegante trilha.

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